No âmbito mundial, os valores de IED caíram 35% em 2020, atingindo aproximadamente US$ 1 trilhão, o que representa o valor mais baixo desde 2005. No caso da América Latina e Caribe, a tendência de queda é registrada desde 2013.
As informações estão no relatório anual da Cepal O Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe 2021, divulgado hoje (5).
De acordo com a Cepal, o contexto internacional sugere que os fluxos mundiais de investimento terão uma lenta recuperação. “Da mesma forma, a busca por ativos em setores estratégicos para a reativação internacional e para os planos públicos de transformação da estrutura produtiva (infraestrutura, saúde, economia digital) indica que grande parte dessas operações teria como destino a Europa, a América do Norte e alguns países da Ásia, aumentando as assimetrias globais”, alerta a comissão.
Na América Latina e no Caribe, os projetos de IED mostraram uma recuperação entre setembro de 2020 e fevereiro deste ano. Entretanto, diz o relatório, de fevereiro a maio de 202, os dados já sugerem uma nova queda no valor dos anúncios. “Nesse cenário, é difícil pensar que as entradas de IED para a região tenham um aumento superior a 5% em 2021.”
Nesse sentido, a Cepal pede que os países da região canalizem os fluxos de investimento estrangeiro direto para atividades geradoras de maior produtividade, inovação e tecnologia, de modo a contribuir para mudanças significativas na estrutura produtiva da região. Além de manter a ajuda emergencial aos setores mais vulneráveis da população e às pequenas empresas, para a comissão, os países da América Latina e Caribe devem desenvolver planos estratégicos tanto de retomada como de transformação produtiva, usando a capacidade dos governos e do setor privado para que a política de atração de capitais estrangeiros faça parte da política industrial.
Foram identificados oito setores estratégicos que poderiam ser apoiados pelo IED: a transição para energias renováveis; a eletromobilidade sustentável nas cidades; a revolução digital inclusiva; a indústria manufatureira da saúde; a bioeconomia; a economia do cuidado; a economia circular; e o turismo sustentável. Para continuar lendo, clique AQUI! Foto: Cepal/ONU