Turino é reconhecido como um dos maiores desportistas da região, porque desde a juventude foi um grande incentivador do futebol amador. Ele era comerciante, atividade que começou com o pai, no tempo que o transporte das mercadorias se realizava no lombo de jumentos. Por mais de seis décadas Turino manteve um banco de fogos e ferragens nas feiras livres de Surubim, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho e outras cidades vizinhas.
No seu banco de feira, no intervalo do atendimento entre um cliente e outro, marcava jogos amistosos. “Tinha tudo decorado. Numa época que não havia computador, ele sabia as partidas de cabeça”, relembra um dos filhos, Dimas.
Além de marcar semanalmente os jogos, Turino promoveu durante sua longa trajetória muitos campeonatos. Um deles chegou a ser apelidado como “o maior torneio de futebol amador do mundo”, pela quantidade de times que conseguiu reunir, quase 100, em um final de ano. Cada equipe além de participar da competição ganhava uma bola.
Quando o Surubim Futebol Clube disputou o Campeonato Pernambucano, no final dos anos 90, Turino foi um dos mais importantes colaboradores se envolvendo diretamente em campanhas de arrecadação para ajudar o time.
Como desportista também foi bandeirinha, jogador e árbitro de futebol. Era conhecido ainda por ser um torcedor apaixonado do Santa Cruz. Em 2017, foi homenageado com o folheto de cordel “Turino, o Pai do Futebol Amador de Surubim e Região” assinado pelo poeta e declamador Klebson Oliveira.
O corpo de Turino foi velado na Casa Mortuária São José, no Centro de Surubim, por onde passaram amigos e familiares para as despedidas. Ele deixa nove filhos, de dois casamentos.