A magnitude dessa retração também ajudou a puxar para baixo o índice do Brasil, que fechou o mês com queda de 0,7%. “O setor de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e higiene pessoal, junto com o setor de outros produtos químicos, tiveram forte influência no índice final em função da representatividade dessas atividades na indústria local”, argumenta a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.
Na comparação entre agosto de 2021 e o mesmo mês do ano passado, quando as medidas de distanciamento social por conta da pandemia eram mais rígidas do que atualmente, Pernambuco teve o terceiro pior percentual, com recuo de 13,5%, à frente apenas do Nordeste (-17,2%) e da Bahia (-13,8%). Já o Brasil teve novamente uma queda de 0,7%.
No acumulado do ano de 2021 (janeiro-agosto), frente a igual período do ano anterior, os resultados de Pernambuco foram melhores, com alta de 4,2%. Ainda assim, a porcentagem está abaixo da média nacional (9,2%). Já na variação acumulada nos últimos 12 meses (de setembro de 2020 a agosto de 2021), Pernambuco avançou 5,7%, novamente atrás da média brasileira, que foi de 7,2%.
Em agosto de 2021, apenas duas das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em comparação ao mesmo mês de 2020: Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, com alta de 23,1%, e Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (11,8%). Os piores resultados ficaram com a produção de produtos alimentícios (-23,9%), a fabricação de produtos têxteis (-23,2%) e a fabricação de outros produtos químicos (-22,6%).
Já na variação percentual acumulada de janeiro a agosto desse ano, comparada ao mesmo período do ano passado, além da fabricação de outros equipamentos de transporte, que também teve o maior índice (82,9%), a fabricação de máquinas aparelhos e materiais elétricos (22,8%) e a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (20,1%) tiveram destaque. Os únicos percentuais negativos foram registrados na fabricação de produtos alimentícios (-9%), na fabricação de produtos de borracha e material plástico (-3,1%) e na fabricação de bebidas (-1,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses, além da fabricação de outros equipamentos de transporte, com alta de 53,4%, se sobressaem a metalurgia (22,4%) e a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,6%). A fabricação de produtos alimentícios, por outro lado, foi a única atividade industrial com queda no período (-4,1%).
Do Diario de PE / Foto: José Paulo Lacerda/CNI