quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Vendas do varejo pernambucano recuam 2,6% em agosto, aponta IBGE

Seguindo a tendência nacional, o varejo pernambucano apresentou uma queda de 2,6% nas vendas em agosto de 2021. O desempenho negativo foi detalhado nesta quarta-feira (06), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado, que é o pior do estado nos últimos cinco meses, também foi o percentual mais desfavorável de todo o Nordeste. 


Na comparação entre agosto de 2021 e o mesmo período de 2020, a queda no volume de vendas do varejo do estado foi ainda maior, 7,8%. No Brasil, o recuo no mesmo período ficou em 4,1%. Por outro lado, a variação acumulada no ano é positiva, 7,5%, maior do que a média nacional, 5,1%. No acumulado dos últimos 12 meses o resultado é semelhante, com avanço de 7,4% no estado contra um aumento de 5% no país.

 

Comércio Varejista Ampliado 

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, a queda é menor.  Em Pernambuco, a retração ficou em 1% em agosto frente ao mês anterior, já no Brasil, a queda foi de 2,5%. Entre julho de 2021 e o mesmo período de 2020, no entanto, o país manteve a estabilidade, enquanto o estado contabilizou um aumento de 9,3%. Na variação acumulada do ano, o avanço em PE foi ainda maior: 32,2%, contra 9,8% na média brasileira. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta de Pernambuco foi de 18%; já a alta no Brasil foi de 8%.


Das 13 atividades varejistas e suas subdivisões investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, cinco tiveram alta em agosto de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Veículos, motocicletas, partes e peças registraram o maior crescimento, 64,2%, e ajudaram a melhorar o índice geral do comércio varejista ampliado.


Os outros segmentos com variação positiva foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (24,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (8,2%), tecidos, vestuário e calçados (5,7%) e combustíveis e lubrificantes (5,6%). A maior queda ficou por conta dos eletrodomésticos, com retração de 31,4%.


“As quedas mais expressivas foram as que tiveram algum crescimento ano passado por conta do distanciamento social e adaptação ao trabalho remoto. As altas, em movimento contrário, refletem a recuperação de atividades que sofreram bastante durante a pandemia. Um outro componente que contribiu com a queda nas vendas é a inflação. Com menos renda disponível, a população está priorizando o consumo de itens essenciais”, explicou a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.


No acumulado de janeiro a agosto de 2021 em contraste com o mesmo período de 2020, sete categorias tiveram alta. Os maiores índices ficaram novamente com veículos, motocicletas, partes e peças (74,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (39,4%). As categorias outros artigos de uso pessoal e doméstico (29,9%) e material de construção (9%) também registraram avanço. Os eletrodomésticos, tiveram, novamente, o maior percentual de redução (-22,1%).


Na variação acumulada dos últimos 12 meses, seis categorias apresentaram alta e, mais uma vez, a dianteira ficou por conta dos veículos, motocicletas, partes e peças (51,5%). No entanto, foram os livros, jornais, revistas e papelaria que tiveram a maior variação negativa (-19,1%), seguidos pelos eletrodomésticos.  


Do Diario de PE / Foto: (CNI/José Paulo Lacerda)