O dado compõe o “Panorama da Pequena Indústria”, realizado a cada três meses. O atual levantamento — do terceiro trimestre de 2021 — também diz que as indústrias extrativas não foram afetadas pela falta de matérias no ano passado. Isto é, especificamente há um ano e três meses.
Outro problema é a elevada carga tributária e a falta ou alto custo de energia. “A questão energética é um ponto de atenção, dado o contexto de crise hídrica atualmente vivido no Brasil”, destaca o levantamento técnico.
Principais problemas das MPEs
Indústria da Transformação:
Falta ou alto custo da matéria-prima (61,3%)
Elevada carga tributária (35,4%)
Falta ou alto custo de energia (29,2%)
Indústrias de Construção:
Falta ou alto custo da matéria-prima (51,9%)
Elevada carga tributária (27,8%)
Burocracia excessiva (20,9%)
Indústrias extrativas:
Falta ou alto custo da matéria-prima (39,3%)
Falta ou alto custo de energia (39,3%)
Elevada carga tributária (35,7%)
Otimismo
Conforme o Panorama da Pequena indústria, dois indicadores tiveram alta no último trimestre. O primeiro é o Índice de Desempenho, que marcou 48,3 pontos. O valor está acima do índice médio do segundo trimestre deste ano (46,5 pontos). E também é superior à média histórica (43,3 pontos). O segundo indicador é o de Situação Financeira (42,6 pontos), “pouco diferente do índice do trimestre anterior (alta de 0,3 ponto)”. “Quando comparado ao mesmo período de 2020, o indicador registrou uma alta um pouco maior, de 0,7 ponto”, diz a CNI.
“A melhora da situação financeira está relacionada às iniciativas que visam facilitar o acesso ao crédito. O governo federal vem implementando medidas que contribuem positivamente para a melhora da situação financeira. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foi aprovado como política permanente em junho deste ano, e o início da segunda fase do Open Banking são algumas delas”, avaliou o Panorama da Pequena Indústria.
Por: João Vitor Tavarez Por: Correio Braziliense / Foto: Arquivo/Agência Brasil