Antes, essa permissão estava limitada às empresas que consomem a partir de 500 mil m³/dia. O projeto, do Governo do Estado, foi aprovado na quarta-feira (15) e agora aguarda sanção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
Na análise do presidente do Sistema Fiepe, Ricardo Essinger, a aprovação da Lei vai trazer, no longo prazo, mais competitividade ao mercado, já que mais indústrias terão acesso a um gás cujo valor é mais atrativo. “Debatemos esse tema desde 2017, quando o setor produtivo passou a discutir mais sobre a necessidade de levar este insumo ao máximo de indústria possível”, disse Essinger.
Na prática, será assim: a partir de 2022, todas as indústrias que consumirem mais de 50 mil metros cúbicos por dia poderão comprar de qualquer empresa fornecedora e não somente da concessionária de gás do Estado. A ideia é que essa decisão gere mais oferta, concorrência e, naturalmente, redução no custo final do gás.
O projeto permite ainda que o acesso seja feito de modo escalonado com o passar dos anos. Em 2024, todas as empresas com consumo superior a 30 mil m³/dia serão contempladas e, em 2025, essa decisão será ampliada para qualquer empresa que tenha consumo acima de 10 mil m³/dia.
O projeto foi construído dentro de algumas reuniões dos órgãos envolvidos. A Fiepe criou um Grupo de Trabalho (GT) do Gás para traçar estratégias juntamente com as maiores consumidoras do Estado e estreitar o diálogo com a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), por meio do seu presidente, Eriberto Medeiros, e com o executivo estadual, através da própria Copergás.
Da Folha de PE