sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Porto de Suape lidera movimentação de derivados de petróleo no País

O Porto de Suape superou seus concorrentes no setor público, como o Porto de Santos (SP) por exemplo, e fechou 2021 na liderança do País em movimentação de granéis líquidos (derivados de petróleo) e na navegação por cabotagem (entre portos do mesmo país). Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O transporte de granéis líquidos representa 67,8% de toda a carga movimentada em Suape.



No total, foram 14,9 milhões de toneladas de derivados de petróleo que passaram pelo porto pernambucano – superando Santos, que ficou em segundo lugar, com 14,3 milhões de toneladas e também o Porto de Itaqui, no Maranhão, que alcançou 9,8 milhões de toneladas. O resultado é ainda mais expressivo, levando em conta que a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) precisou realizar uma manutenção obrigatória no ano passado, o que resultou em uma queda na movimentação geral em Suape.


Outro destaque dos números foi a navegação por cabotagem. Das 22 milhões de toneladas movimentadas por Suape no ano passado, 13,9 milhões tiveram como origem ou destino outros portos do Brasil. Assim como no caso dos granéis líquidos, a vice-liderança do ranking nacional ficou com Santos, com 13,1 milhões de toneladas movimentadas. O terceiro lugar com o Porto de Vila do Conde, no Pará, com 5,6 milhões de toneladas. 



 Na movimentação de contêineres, a estatal portuária consolidou-se como o principal hub da carga nas regiões Norte e Nordeste. Em 2021, foram 518.581 TEUs (medida de um contêiner de 20 pés), recorde absoluto da história do porto pernambucano. Na sequência, aparecem os portos de Salvador, com 353.327 TEUs; e de Vila do Conde, com 109.464 TEUs. O acréscimo no volume em relação a 2020, em Suape, foi de 7,1%. 


Outras cargas também tiveram desempenho significativo em 2021. A movimentação de veículos registrou acréscimo de 20%, passando de 39,9 mil unidades para 47,8 mil. A carga geral solta, que inclui produtos e materiais não conteinerizados, como chapas de aço, açúcar ensacado, veículos, pás eólicas, entre outros, obteve incremento de 22%, com total de 492,9 mil toneladas. Já os granéis sólidos (trigo e coque) computaram crescimento de 22,3%, totalizando 719,17 mil toneladas.


Segundo o diretor de Gestão Portuária de Suape, Paulo Coimbra, o terminal ainda registrou o faturamento recorde de R$ 293 milhões - o que representa um aumento de 14% em relação a 2020.  Ele ressalta que a gestão do porto buscou compensar a queda na receita oriunda da paralisação da refinaria por 60 dias e conseguiu garantir a exportação e importação de outros produtos como os granéis sólidos.


Da Folha de PE / Foto: Rafael Medeiros/Folha de Pernambuco