segunda-feira, 16 de maio de 2022

Inadimplência cresce e atinge 61,94 milhões de brasileiros, aponta CNDL/SPC Brasil

Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que quatro em cada dez brasileiros adultos (38,45%) estavam negativados em abril de 2022 – o equivalente a 61,94 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 5,59% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil informam que a variação anual observada em abril deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de março para abril, o número de devedores cresceu 0,46%.


Para o presidente da CNDL, José César da Costa, as consequências da pandemia no crescimento econômico impactam diretamente no aumento da inadimplência.


“O desemprego elevado é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes desafios a serem enfrentados pelo país e isso está ligado diretamente ao retorno do crescimento econômico, que ainda não alavancou. A renda da população foi fortemente afetada pela pandemia, e isso, somado ao aumento da inflação, contribui para a piora da inadimplência”, aponta o presidente da CNDL, José César da Costa.


Em relação à evolução do número de dívidas no Brasil, o indicador aponta que em abril de 2022, este número teve crescimento de 9,89% em relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em abril deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de março para abril, o número de dívidas apresentou alta de 0,85%.


“Eleições, enfraquecimento dos esforços de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas montam um cenário desafiador. A expectativa é que a taxa de juros, o preço dos alimentos e de itens básicos continuem aumentando. A economia ainda vai levar um tempo para se recuperar e, portanto, o consumidor deve evitar se endividar para não correr o risco de ficar inadimplente”, destaca Costa.


O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (50,87%). Para conferir a matéria completa, clique AQUI!