As vendas de títulos atingiram R$ 3,9 bilhões no último mês. O montante superou o valor resgatado, que foi de R$ 2,14 bilhões. A emissão líquida, o saldo entre papéis emitidos menos os títulos resgatados, foi de R$ 1,76 bilhão.
Renda fixa
Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o grupo mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, cuja participação nas vendas atingiu 56,5%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA com Juros Semestrais) corresponderam a 32,7% do total e os prefixados, a 10,9%.
A movimentação para os títulos de renda fixa já era prevista pelos analistas. Segundo o economista da G2W Investimentos Ciro de Avelar, com o mercado de ações desvalorizando, títulos atrelados aos juros tendem a ficar atrativos. “Vai haver uma rotação do fluxo de dinheiro saindo da Bolsa, da renda variável, e indo para títulos de renda fixa, que pagam pelo menos já 13,25% ao ano”, disse.
Em relação aos prazos, os títulos com vencimentos entre um e cinco anos foram os mais demandados no mês passado (79,99% do total), seguidos por aqueles com vencimentos acima de 10 anos (17,94%) e entre cinco e 10 anos (2,06%).
No total foram realizadas 600,12 mil operações de investimento em títulos do Tesouro Direto. Aplicações de até R$ 1 mil representaram 59,99% de todas as operações de investimento mensais, mas o valor médio por operação foi de R$ 6.510,26.
Por: Rafaela Gonçalves - Correio Braziliense / Foto: Reprodução/Pixabay