Somente o setor automotivo cresceu 32% de junho a setembro de 2022, mas a construção civil dificultou a evolução do setor, registrando queda de 5,7% no mesmo período. Máquinas mecânicas diminuíram 4% de junho a agosto de 2022, e uso doméstico caiu 16,7% no mesmo período.
Em relação aos insumos demandados na produção de aço, o petróleo diminuiu 1,2%, o gás, 0,1%, e a energia, 2,8% — todos os dados são de junho a agosto de 2022.
América Latina
Os dados regionais de comercialização, contudo, preocupam autoridades do setor, embora registrem crescimento neste ano. Entre janeiro e agosto de 2022, as exportações de aço no acumulado registraram alta de 47,3%, totalizando 7.740,7 mil toneladas. Assim, as exportações aumentaram 10,7% em agosto em relação ao mês anterior. As importações, por sua vez, sofreram redução de 12,5% no acumulado de 8 meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 16.871,1 mil toneladas. Em agosto, o valor foi 25,4% superior ao de julho.
“A previsão é impulsionada pela menor demanda externa, enfraquecida por altas taxas de juros e queda do poder de compra. O mundo vive um processo inflacionário sem precedentes, amplamente distribuído entre os países”, analisa Alejandro Wagner, diretor executivo da associação que gera dados para o setor na região e atua como porta-voz da indústria.
Por: Michelle Portela - Correio Braziliense | Foto: Jonathan de Sousa Melo/Divulgação