quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Número de investidores cresce mesmo com incertezas no cenário político

Apesar do cenário de incerteza global que aumentou a volatilidade nos mercados, o número de investidores pessoa física com ativos em renda variável na Bolsa de Valores cresceu em 200 mil do segundo para o terceiro trimestre deste ano. Os dados são do último levantamento realizado pela B3, divulgado nesta segunda-feira (21). Em relação ao mesmo trimestre de 2021, o aumento foi bem maior, de 35%, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões.


Com o aumento da taxa Selic, o número de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões. O Tesouro Direto já soma mais de 2,1 milhões de CPFs, com alta de 25% em relação ao 3º trimestre de 2021. “Os números mostram que o brasileiro continua buscando oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de bolsa ou de renda fixa”, afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3. Segundo ele, os dados demonstram que ainda há um enorme potencial no país e que milhões de pessoas já começaram a diversificar sua carteira para além da tradicional poupança.


O fluxo e a movimentação de investidores se mantiveram positivos durante o mês, marcado por um aumento da volatilidade em função do processo eleitoral. Os dados mostraram que o número de pessoas físicas em bolsa registrou mais um crescimento, com aumento no volume negociado e na participação em custódia dos ativos.


O volume médio negociado por dia no mercado à vista de renda variável aumentou 18%, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 9,2 bilhões. O produto mais negociado foram as ações, com alta de 20% no volume médio diário em relação ao 3º trimestre, seguido pelos ETFs, com alta de 17%. O volume de ativos de renda variável sob custódia subiu R$ 11 bilhões entre setembro e outubro, chegando a R$ 504 bilhões.


Se destacou também a renda fixa que ganhou 100 mil novos investidores no mês. O montante sob custódia na B3 aumentou R$ 30 bilhões, alcançando R$ 1,485 trilhão. O Tesouro Direto está próximo de alcançar sua marca histórica de R$ 100 bilhões em custódia.


Por: Michelle Portela - Correio Braziliense | Foto: Crédito: NELSON ALMEIDA/C.B