“Essa pesquisa retrata o volume de vendas do comércio a cada mês. Estamos vindo de um mês de junho com índice 0 (ou seja, o volume de vendas foi igual ao de maio). Depois tivemos em julho e agosto índices negativos, mostrando que o volume de vendas caiu nesses meses. E finalmente, agora em setembro as vendas em Pernambuco mostraram alguma recuperação depois de meses difíceis. Apesar desse movimento de alta, temos de ter cuidado ao analisar o crescimento porque estamos tratando de uma base reprimida depois de dois meses de queda”, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.
Na comparação de setembro desse ano e o mesmo período de 2021, o estado teve retração de 2,1% no setor de serviços, a segunda maior do país, superada apenas pelo Rio de Janeiro (-3,1%) e pela Bahia (-2,5%). No Brasil, por outro lado, o avanço foi de 3,2%.
Em relação às vendas do comércio varejista ampliado, categoria que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, e de material de construção, tiveram aumento de 1,6% em setembro na comparação com agosto, próximo ao resultado do Brasil (1,5%).
Entre setembro de 2022 e o mesmo mês do ano passado, Pernambuco teve queda de 13,6% no comércio varejista ampliado, percentual mais baixo do país. A nível nacional, houve aumento de 1%. No acumulado do ano, o recuo foi de 8,3% no estado, novamente o pior resultado do país, contra uma retração de 0,6% no Brasil. Já no acumulado dos últimos 12 meses a queda em Pernambuco (-3,8%) foi superior à brasileira (-1,6%).
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Das dez atividades varejistas investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, quatro tiveram alta em setembro de 2022 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação lideram, com avanço de 114,2%, seguidos por Combustíveis e lubrificantes (24,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, de perfumaria e cosméticos (10,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (9,2%). O pior desempenho ficou com veículos, motocicletas, partes e peças (-31,1%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2022 frente ao mesmo período de 2021, os mesmos quatro segmentos foram os que tiveram índices positivos. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação continuam em primeiro lugar, com alta de 39,9%, mas Livros, jornais, revistas e papelaria passaram para a segunda posição (11,9%) e Combustíveis e lubrificantes caíram para a terceira(6,3%). Desta vez, os índices negativos foram encabeçados por Móveis e eletrodomésticos (-18,4%).
No acumulado dos últimos 12 meses, de outubro de 2021 a setembro de 2022, os melhores resultados ficaram, mais uma vez, com equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (33,8%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (13,3%). Móveis e eletrodomésticos (-23,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,6%) registraram os recuos mais acentuados.
Da Folha de Pernambuco - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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