Ao todo, 63 municípios pernambucanos poderão ter queda na receita no FPM, segundo a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Isso porque conforme dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE na última quinta-feira (29), tais municípios registraram queda no número de habitantes. Dos 185 municípios, 8 podem ter acréscimo no recurso, enquanto o restante não deve sofrer alteração. O resultado do levantamento ainda é parcial, mas já foi entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Entre as cidades que podem perder recurso estão: Tamandaré, Bodocó, Camaragibe, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Igarassu, São Bento do Una, Buíque, Carpina, Floresta, Ilha de Itamaracá e Lagoa Grande. O fato tem preocupado a Amupe, que por meio do presidente José Patriota, solicitou a prorrogação do Censo 2022 para o mês de fevereiro, no intuito de que mais pessoas sejam contabilizadas. "Pernambuco tem 164 municípios com menos de 50 mil habitantes. Sobrevivem absolutamente da receita para manter os serviços, a infraestrutura, a folha de pagamento, para tudo. Tem município que vai ter prejuízo de 400 a 500 mil por mês, podendo interromper vários serviços essenciais à população. Isso é muito dinheiro para um município pequeno manter", justificou.
Ainda de acordo com Patriota, a pesquisa do IBGE foi falha em diversos municípios. “Apenas 30% dos entrevistadores foram para campo, ou seja, a contratação foi precária. Muitas casas sem visitação. Foram mil dificuldades, os prefeitos sempre contestando. Casas colocadas como vazias, como se não tivesse morador, isso tudo atrapalhou", disse o presidente.
Do Diario de Pernambuco / Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil