É notável que, diante desse cenário, o setor tenha contribuído com a criação de 946 mil vagas formais desde 2020. Considerando apenas o ano de 2022, o comércio criou 350 mil vagas formais, ficando atrás apenas do setor de serviços.
Os dados estão na edição de fevereiro do Panorama do Comércio, publicação da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) que compila os principais índices e informações de interesse do setor de Comércio e serviços. A edição foi publicada nesta quarta-feira (15).
Economia em 2023
O desafio colocado para 2023 é finalmente superar o patamar do volume de vendas observado antes da pandemia e recuperar a tendência de crescimento de longo prazo observada nas últimas décadas. As dificuldades são conhecidas. Os juros altos limitam o uso do crédito e o consumo das famílias. Por outro lado, atalhos inflacionários poderiam espremer a renda real, que, com a desaceleração da inflação e a melhora do mercado de trabalho, finalmente começa a reagir.
Para além das dificuldades, há que se reconhecer alguns dados positivos. Um deles é a queda do desemprego, que chegou a 8,1%no trimestre encerrado em novembro de 2022. Também há a mencionada recuperação da renda real e a confiança: embora os indicadores de confiança do consumidor ainda apontem o predomínio do pessimismo, o resultado de janeiro de 2023 ficou muito acima do resultado de janeiro de 2022. Ou seja, o consumidor entra em 2023 mais confiante do que entrou em 2022. Vale mencionar ainda a maturação d emedidas microeconômicas visando melhorar o ambiente do crédito no país, como o Cadastro Positivo, e tornando os sistemas de pagamento mais eficientes e aderentes à crescente digitalização.
Por ora, as projeções indicam um crescimento do PIB abaixo de 1,0%e uma mais demorada redução da taxa básica de juros. No entanto, sinalizações de compromisso com a estabilidad emacroeconômica ainda podem mudar a trajetória prevista, indicando um desempenho econômico melhor.
Por: Varejo S.A