Foto: Agência Brasil/EBC) |
Em relação ao emprego, a pesquisa apontou um índice de 103,8 entre todos os entrevistados em Pernambuco, enquanto a população com renda de até 10 salários-mínimos apresentou um índice de 101,4 e o público acima dessa faixa de renda indicou um índice de 128,6. Conforme o levantamento, a população com renda mais elevada está mais satisfeita com o emprego, muito embora, apenas 38,6% desta população se sinta mais segura com o trabalho, comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Fecomércio-PE, as diferenças encontradas na ICF em relação ao emprego podem ser influenciadas por diversos fatores, como o grau de escolaridade, qualificação profissional, localização geográfica e setor de atividade econômica em que os indivíduos estão inseridos, que acabam interferindo na segurança e satisfação com o emprego.
Já sobre perspectiva profissional, a pesquisa apresenta um índice de 93,2 pontos entre os entrevistados no estado pernambucano. Enquanto a população com renda de até 10 salários-mínimos indicou um índice de 90,7, a população acima de 10 salários-mínimos apresentou um índice de 119,5. Da menor faixa de renda, 38,6% indicou uma perspectiva profissional negativa.
50,8% dos pernambucanos avaliam a renda familiar igual a do ano passado
O índice geral sobre a renda em comparação com o mesmo período de 2022 foi de 98,2. A população com renda de até 10 salários-mínimos registrou um índice de 94,7, enquanto a população acima dessa faixa de renda indicou um índice de 134,5. Das famílias com a menor faixa de renda, 27,2% indicaram uma renda familiar pior quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Sobre a facilidade de adquirir empréstimo/crédito, o índice apontou um indicador de 100,5 para todos os entrevistados. A população de até 10 salários-mínimos indicou um índice de 97,1. Já a população com renda superior a 10 salários-mínimos apresentou um índice de 135,9.
Em relação ao nível de consumo, a pesquisa mostrou que 51,8% das famílias com renda até 10 salários-mínimos estão comprando menos quando comparado ao ano passado, enquanto a população que recebe acima de 10 salários-mínimos indicou que 45% estão comprando mais. O índice geral do indicador ficou em 75 pontos.
Perspectiva de consumo entre os pernambucanos é menor em comparação ao ano passado
Ainda de acordo com o recorte local realizado pela Fecomércio-PE, em Pernambuco, 42,1% das famílias com renda até 10 salários-mínimos indicaram que esperam um consumo menor do que no ano passado, enquanto 43,2% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos têm a expectativa de que o consumo seja igual ao de 2022.
Acerca do momento para aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, TV, som, etc, 53,4% das famílias com renda até 10 salários-mínimos acreditam que é um mau momento para adquirir esses bens, enquanto 55,9% das famílias com renda superior a 10 salários-mínimos indicaram que ser um bom momento.
Na avaliação da Fecomércio-PE, a pesquisa mostrou que a população com renda mais alta está mais satisfeita com relação ao emprego, perspectiva profissional e renda, enquanto a população de baixa renda apresentou indicadores negativos nessas mesmas áreas. Além disso, o levantamento apontou uma desigualdade em termos de renda para os próximos meses em Pernambuco, com a população de baixa renda apresentando expectativas de consumo menores em relação ao ano passado.
Sobre a pesquisa
A análise é feita considerando a ótica de otimismo ou pessimismo do consumidor. Quando o índice fica abaixo de 100 pontos, indica pessimismo. Valores acima de 100 pontos indicam otimismo.
Do Diario de Pernambuco