“Quando você vai no movimento oposto, de tributação de importações ou de exportações, termina sinalizando muito mal para esse potencial investimento que existiria na economia brasileira. Porque quando você onera essas exportações, está atingindo não só a Petrobras, que é grande exportadora, mas suas 3 concorrentes domésticas, que também exportam”, declarou em entrevista ao Poder360.
Costa afirmou que a tributação das exportações tem potencial para influenciar a alta de preços de produtos e serviços: “Ao onerar mais as exportações, elas perdem em concorrência com os demais países e você termina tendo menos receita com as exportações, o que complica o câmbio, que é influenciado pelo saldo da balança comercial. Isso pode até empurrar o câmbio para cima, gerando mais inflação e um efeito inverso àquele planejado”.
O economista avalia que o “anúncio feito da noite para o dia também atrapalha muito o planejamento dessas empresas, mesmo que seja algo de apenas 4 meses. Eu espero que seja assim, diferente de uma CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] lá atrás, que era para ser algo temporário e ficou por muito tempo”.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Ecio Costa afirmou que a mudança na forma de cobrar impostos deve beneficiar a indústria e resultará em uma redução da carga tributária sobre os mais pobres, pois consomem mais produtos do que serviços.
“Em geral, as famílias mais pobres consomem muito mais produtos do que serviços e as ricas consomem mais serviços do que produtos. Então, hoje, os mais pobres terminam pagando mais impostos relativamente falando do que os mais ricos. Quando houver essa equalização, os mais pobres vão pagar menos impostos do que pagam hoje”, disse. O economista avalia que a desoneração da folha de pagamento pode amenizar a situação dos setores agrícola e de serviços. Confira a matéria completa, clique AQUI!