Em fevereiro as pessoas físicas contavam com juros de 417,42%. A taxa média dessa modalidade não ficou abaixo de 400% ao ano desde de dezembro do ano passado.
O rotativo é um tipo de crédito oferecido aos consumidores que não conseguem realizar o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. Funciona como um empréstimo que os bancos e outras instituições financeiras disponibilizam para os clientes com dificuldades.
O Ministério da Fazenda vem articulando com representantes do setor financeiro formas de reduzir a taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo - que é reconhecida como a linha de crédito mais cara no mercado financeiro.
Conforme adiantado pelo Globo, há forte resistência de bancos, que rejeitam eventual tabelamento das taxas. Uma das ideias do governo é diferenciar os clientes que usam o rotativo esporadicamente e logo quitam a fatura e outros que vivem pendurados. O primeiro teria uma taxa mais baixa.
Outras modalidades
O cartão de crédito parcelado está com uma taxa de juros de 192,04%. No cheque especial, a taxa de juros cobrada em março ficou em 129,1%.
Ainda de acordo com o Banco Central, a taxa média de juros para pessoas físicas está no patamar de 58,26% ao ano e os juros pagos por empresas atingiram os 24,11%. O resultado do mês foi de uma leve redução em relação a fevereiro deste ano, que atingiu a taxa de 58,31% para pessoas físicas. Para pessoas jurídicas, a taxa estava em 24,09% em fevereiro. O levantamento considera o período até o fim de março.
Por Agência O Globo | Foto: Unsplash