Economista Écio Costa. |
Em 2021, ocorreu uma reunião com o ex-Secretário de Desburocratização e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, autor da Lei de Liberdade Econômica. Essa reunião estabeleceu o campo de atuação do comitê. Secretários de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e do Recife, como Geraldo Júlio e Rafael Dubeux, além de representantes de outros estados, como Minas Gerais, também foram ouvidos. Mais recentemente, em abril deste ano, houve um debate com Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, para apontar os impactos da reforma na competitividade.
O comitê realizou a primeira pesquisa sobre o assunto em 2021, consolidando os números e obtendo resultados importantes que ampliaram a discussão sobre o tema no estado. Os resultados da pesquisa foram validados por um levantamento feito pelo Banco Mundial, que comparou o ranking de competitividade dos estados brasileiros. Os resultados coincidiram com os da pesquisa do comitê, fortalecendo sua importância e impacto.
Na segunda edição da pesquisa, realizada agora, o comitê ampliou seu escopo e abordou temas como infraestrutura, logística, incentivo ao empreendedorismo, capacidade do estado em fomentar inovação e mão-de-obra qualificada, além da abertura comercial. O objetivo foi discutir questões que afetam a competitividade, além da burocracia.
A pesquisa contou com a participação de 308 empresas pernambucanas, de diversos setores econômicos, 50% a mais que na primeira edição. Os resultados mostram uma evolução das entidades quanto à diminuição da burocracia e aumento da competitividade, de forma generalizada. A Junta Comercial foi a mais bem avaliada nesta edição, seguida pela Autoridade Portuária de Suape e pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado.
Em relação aos serviços prestados, a apuração e recolhimento de tributos municipais foi o melhor avaliado, seguido pelos serviços cartoriais e pela abertura e encerramento de empresas. Por outro lado, a insegurança jurídica para atividades econômicas, questões de saneamento básico e infraestrutura logística foram os piores avaliados pelos empresários pernambucanos.
A partir dos resultados, busca-se a construção de um processo colaborativo de discussão entre o poder público e a iniciativa privada para melhorar a competitividade de Pernambuco. Essa pesquisa e o trabalho do Comitê de Competitividade têm se mostrado fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado, fornecendo subsídios para a elaboração de políticas públicas e ações que visam melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos para a região.