A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicou um comunicado oficial, na última quarta-feira (06/09), em que alerta para os riscos causados pelo crime conhecido como "golpe do 0800". Segundo a entidade, os criminosos utilizam técnicas para enganar o cliente no intuito de obter informações sigilosas, como senhas e números de cartões e, principalmente, levar a pessoa a realizar transações financeiras para o golpista.
O chamado "golpe do 0800" é praticado por meio de mensagens de SMS enviadas ao celular da vítima, em que relata uma compra falsa e pede para que o cliente entre em contato com uma suposta central de atendimento 0800 para resolver um problema ou irregularidade no cartão ou na conta. Em muitos casos, são informados pagamentos inexistentes em lojas conhecidas do varejo.
Ao ligar para a central falsa, o cliente ouve o golpista dizendo que a transação feita para a loja ainda está em análise e que, por conta disso, ainda não está registrada na fatura. Após isso, é enviada uma mensagem afirmando que, para resolver o assunto, o consumidor deve realizar uma nova transação para resolver o problema, o que pode incluir também a informação de dados pessoais, com número e senha.
Na maioria dos casos, o golpista utiliza nomes de instituições financeiras existentes no intuito de dar mais credibilidade à mensagem. Por conta disso, a Febraban ressalta que, se houver quaisquer dúvidas, o cliente deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente.
O diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, explica que os bancos nunca requerem dados como senhas, tokens e outros dados pessoais em ligações feitas para confirmar transações suspeitas.
"Também nunca ligam e pedem para que clientes façam transferências ou pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Os bancos nunca ligam para fazer um estorno de transação por meio de um telefonema. Desligue, se pedirem para digitar senha ou qualquer dado em seu aparelho de telefone. Ao receber uma ligação suspeita, desligue e, de outro telefone, ligue para os canais oficiais de seu banco", alerta o diretor.
Por: Raphael Pati - Correio Braziliense