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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Inadimplência continua avançando negativamente em Pernambuco no mês de agosto

Em agosto, 432 mil pernambucanos possuíam dívidas com cartão de crédito, financiamentos, carnês, crédito pessoal, entre outros


A inadimplência em Pernambuco continua a avançar negativamente, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE). No mês de agosto, 432 mil pernambucanos possuíam dívidas com cartão de crédito, financiamentos, carnês, crédito pessoal, entre outros e 173 mil estão inadimplentes, sem condições de honrar com as suas dívidas. 



Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), calculada pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que recebeu um recorte local pela federação. A análise ainda mostra que os tipos de dívidas mais frequentes entre as famílias pernambucanas de menor renda são o cartão de crédito (94,3%), seguido por carnês (28,6%) e crédito pessoal (6,6%). 


Essas obrigações financeiras podem ser empregadas para uma variedade de propósitos, como quitar despesas médicas, realizar melhorias na residência, adquirir bens de longa duração ou até mesmo suprir necessidades fundamentais.


O tempo médio de comprometimento com dívidas em Pernambuco é de 8 meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 61 dias, ante 63 dias no Brasil. A inadimplência prolongada tem um impacto negativo tanto no consumo das famílias quanto nos investimentos das empresas, pois diminui a capacidade social de gastar e de investir, o que acaba desacelerando a economia pela via do consumo e dos investimentos.


O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, afirmou que em agosto, no Estado, observou-se um aumento em dois indicadores da PEIC: a inadimplência e a proporção da população que não terá capacidade de pagar suas dívidas. 


“Esse movimento pode ser atribuído ao elevado nível de desemprego no estado, que desencoraja as pessoas a honrar seus compromissos financeiros. Além disso, a perspectiva de quitação de dívidas também é afetada negativamente pela avaliação desfavorável das oportunidades profissionais, o que é compartilhado por 4 em cada 10 pernambucanos, segundo o Índice de Consumo das Famílias/CNC”.  


Endividamento x inadimplência

Enquanto o endividamento sobrecarrega a renda mensal das famílias e reduz o consumo, principalmente de bens não duráveis como alimentação, a inadimplência se caracteriza por gastos adicionais com juros, mora e multa.


Quanto antes a dívida for liquidada, mais vantajoso será para o orçamento da família, uma vez que haverá um excedente maior de renda disponível para consumo e/ou poupança. Por isso, é importante reduzir ao máximo o tempo de atraso das dívidas, garantindo uma melhor saúde financeira dos domicílios.


Da Folha de Pernambuco |  Foto: Divulgação

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