O pessoal ocupado em atividades de serviços em Pernambuco aumentou 11% entre 2020 e 2021, passando de 355.881 para 395.158 pessoas, segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2021, divulgada pelo IBGE, nesta quinta-feira (31). O levantamento tem o objetivo de fazer um panorama da evolução estrutural do setor ao longo de 10 anos. O aumento de postos de trabalho entre 2012 e 2021 foi de 6,8%, oscilando ao longo da década. O maior número de pessoal ocupado foi registrado em 2014, com 424.806 pessoas e o menor, em 2020.
Os dados da pesquisa incluem 15 atividades de serviços, distribuídas pelas seguintes categorias: serviços prestados às famílias (alojamento e alimentação, atividades culturais, recreativas e esportivas, serviços pessoais e atividades de ensino continuado); serviços de informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; atividades imobiliárias; serviços de manutenção e reparação e outras atividades de serviços.
Em Pernambuco, os serviços profissionais, administrativos e complementares, que incluem aluguéis não-imobiliários, contratação e locação de mão de obra, serviços de turismo e serviços de escritório e apoio administrativo, foram os que mais empregaram no setor de serviços. Em 2021, esse segmento foi responsável por 48,4% do total de pessoas ocupadas, o que corresponde a 191.322 trabalhadores. Em seguida, estão os serviços prestados às famílias, com 19% do total e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 16,2% do total.
A quantidade de unidades locais do setor de serviços passou de 26.541 em 2020 para 35.706 para 2021, um aumento de 34,5% entre um ano e outro. Este também é o melhor resultado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007. Das 15 categorias de serviços, a única que registrou queda nas unidades locais entre 2020 e 2021 foi a de Atividades de Ensino Continuado, com recuo de 12,53%.
Na outra ponta, as categorias de serviços que mais tiveram aumento de unidades locais entre 2020 e 2021 foram as de Serviços Pessoais (68,7%), Serviços de Manutenção e reparação (62,1%), Atividades culturais, recreativas e esportivas (55,8%) e Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (44,7%), que somam 14.159 unidades locais, o maior número entre todas as atividades pesquisadas.
A receita bruta na prestação de serviços em Pernambuco em 2021 foi de R$ 50,4 bilhões, o 10º maior valor no ranking nacional e o segundo maior no ranking nordestino, atrás apenas da Bahia. Cerca de um terço desse total foi obtido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares. O estado ganhou ainda uma posição nacional em relação a 2020, ultrapassando Goiás, com uma variação de 25,6% em relação a 2020 e um aumento de 79,8% frente a 2012.
Por outro lado, Pernambuco teve uma leve queda na participação na receita bruta de serviços no Nordeste ao longo dos últimos dez anos, passando de 22,2% do total da região em 2012 para 21,9% em 2021.
Em 2021, o setor de serviços no estado pagou aproximadamente R$ 10,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, de acordo com a PAS, deixando o estado na 10ª posição nacional. Os serviços profissionais, administrativos e complementares concentram 46,3% de todo esse valor.
O montante também sinalizou uma recuperação perante 2020, quando o valor foi de R$ 8,4 bilhões, e um aumento significativo na comparação com 2012, período em que o total foi de R$ 5,7 bilhões. Em média, quem trabalha no segmento recebe 1,8 salário-mínimo, montante que diminuiu entre 2012 e 2021, quando era de 1,9 salário mínimo.
Do Diario de Pernambuco | Reprodução/Pexels