Quase metade (756 mil, ou 46,2%) dos 1,6 milhão de menores que estavam no mercado de trabalho se encontrava em condições consideradas perigosas, ou seja, que oferecem riscos à saúde e integridade física. São crianças e adolescentes que estão em ambientes que os expõem a situações imorais ou doenças e acidentes irreversíveis.
Este número vinha caindo desde 2016, quando a proporção de menores nestas condições estava no máximo da série, 51,3%, recuando até 45,9% em 2019. Mas voltou a subir em 2022 e o país andou alguns anos para trás, regredindo ao nível próximo de 2017 (46,2%).
Apesar da alta entre os mais novos, a parcela de 16 a 17 anos é a que mais contém menores em trabalho perigoso: 419 mil pessoas, alta de 0,7% frente 2019.
- Operação de tratores, máquinas agrícolas e esmeris, quando motorizados e em movimento
- Produção de fumo, algodão, sisal, cana-de-açúcar e abacaxi
- Colheita de cítricos, pimenta malagueta e semelhantes
- Pulverização, manuseio e aplicação de agrotóxicos, adjuvantes, e produtos afins
- Coleta de mariscos e iscas aquáticas
- Atividades que exijam mergulho, com ou sem equipamento
- Extração de pedras, areia e argila
- Extração de mármores, granitos, pedras preciosas, semipreciosas e outros minerais
- Na produção e manuseio de explosivos, inflamáveis líquidos, gasosos ou liquefeitos
- Na fabricação de fogos de artifício
- Em matadouros ou abatedouros em geral
- Na fabricação de farinha de mandioca
- Na fabricação de manufaturas (colchões, porcelanas, cristais, borracha, bebidas alcóolicas)
- Construção civil e pesada, incluindo construção, restauração, reforma e demolição
- No manuseio ou aplicação de produtos químicos