sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Importação de produtos de carnaval atinge U$ 15 milhões, crescimento de 31%

Após um período de desafios e restrições geradas pela pandemia da covid-19, o carnaval retoma sua força como um dos eventos mais importantes para a economia do Brasil. Nesse cenário, as importações de produtos para o período, como fantasias, decorações e confetes, alcançaram a marca de U$ 14,6 milhões em 2023 — fruto dos preparativos para o ano vigente —, com um crescimento expressivo de 31% em relação a 2022.



O levantamento foi realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base em dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior, e revela que os números já superaram o período de pré-pandemia, quando as importações atingiram o pico de U 13,2 milhões em 2018.



Com relação aos principais países exportadores dos produtos listados para o carnaval, somente a China concentra 95,6% das exportações para o Brasil. Na sequência, os Estados Unidos aparecem com 2,4% e Hong Kong, com 1,2%.


“A liderança chinesa é impulsionada, sobretudo, pelos baixos preços ofertados, diversificação de produtos e sua capacidade de produção em larga escala. Como um centro de produção global, o país possui uma infraestrutura industrial altamente desenvolvida e uma vasta mão de obra disponível, permitindo atender à demanda sazonal por itens festivos de forma rápida e eficaz”, afirma Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra.



Fluxo 


Analisando o fluxo das importações ao longo de 2023, é possível notar um crescimento nos meses subsequentes ao feriado, com pico em agosto — o que também ocorreu em 2022. Baltieri explica as razões por trás dessa conjuntura:



“O Brasil também celebra São João e Halloween, que juntamente ao carnaval, influenciam nas importações desse tipo de mercadoria. Porém, como os preparativos carnavalescos geralmente acontecem com maior antecedência que os demais, é possível que haja uma combinação nas importações de itens como fantasias, decorações e demais artigos para festas com temas específicos de cada período”, diz.



O executivo conclui comentando acerca da importância desses produtos na movimentação de outros segmentos do mercado brasileiro. “Internamente, essas importações abastecem os estoques do comércio varejista, estimulando as vendas e gerando receita para inúmeros estabelecimentos, desde pequenas lojas de bairro até grandes redes. Essa circulação de capital impulsiona a economia em nível local e nacional”, finaliza.



Confira as informações no Correio Braziliense. Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press