Algumas brigas aconteceram no percurso dos blocos mas foram rapidamente solucionadas, fato também normal para um carnaval dessa magnitude, bem como a perda, furto e roubo de documentos e aparelhos celulares. Uma das vítimas de ladrões de celular foi a prefeita de Casinhas, Juliana de Chaparral. Ela postou em uma rede social que teve o aparelho roubado. O número de ocorrências desse tipo não foi divulgado até o momento.
Quanto à programação, se percebeu o palco montado no Pátio da Usina quase “esvaziado” em termos de atrações. Em outras edições, a estrutura era utilizada nos três dias de folia com shows de artistas como Elba Ramalho, André Rio, Marrom Brasileiro, Gabriel Diniz entre tantos outros. Este ano, só aconteceu show na sexta-feira (16) com Noé da Ciranda e no sábado (17) com a Orquestra D’Metade, duas excelentes atrações locais, diga-se de passagem. Ainda no sábado (17), surpreendeu a multidão que compareceu para prestigiar o Polo Infantil. A criançada se divertiu ao som da banda Alegria de Brincar. Também houve distribuição de pipoca e algodão doce. Uma iniciativa que se firmou na folia. No domingo (18), não aconteceram shows no palco, foi utilizado apenas som mecânico no intervalo dos blocos.
Defunto” no domingo pela manhã. A cada ano cada vez mais gente participa. Uma curiosidade: o bloco “As Bonecas” resgata a essência do Desfile das Meninas Virgens, porque sai com dezenas de participantes vestidos de mulher, fato que há muitos anos não vinha ocorrendo.
E a tarde e noite do domingo foi de chuva. O cortejo cultural saiu na Avenida embaixo de água. Em alguns momentos, a chuva fraca deu trégua, mas mesmo com o tempo nublado os foliões ficaram na rua. É clichê falar que a Avenida São Sebastião e o Pátio da Usina ficaram lotados em vários momentos principalmente na passagem dos trios elétricos. Os destaques foram o bloco Kifolia com a banda Cavaleiros do Forró, o bloco da Prefeitura com a banda Babado Novo, o bloco da Rafa Alyce com a banda da própria Rafa Alyce (a única cantora surubinense a sair em trio elétrico) e o bloco Retetel, com a dupla Iguinho e Lulinha, que vive o auge da carreira.
A programação do Desfile das Meninas Virgens deste ano também foi marcada por polêmica. A cantora Raphaela Santos, uma das mais requisitadas da atualidade, publicou em suas redes sociais a agenda de shows com o dia 18/02 reservado para Surubim, mas não se apresentou no evento, sequer foi incluída na grade oficial. Para apimentar ainda mais a discussão, durante uma live a artista foi questionada sobre o cancelamento da apresentação e respondeu sem se aprofundar no assunto que seria ”por motivo de documentação sobre algo da Prefeitura e do Governo (…) Foi o mesmo que aconteceu lá em Moreno e no show de hoje que seria em Orobó”, afirmou. O vídeo começou a circular rapidamente nas redes sociais com críticas à Prefeitura que publicou uma nota de esclarecimento explicando que em nenhum momento houve tratativa para a cantora se apresentar. Como Raphaela Santos citou outras cidades, deduz-se que o Governo do Estado planejou a contratação dos shows dela para esses três municípios, reservando as datas, mas depois recuou. A gestão estadual não se pronunciou sobre esta situação. A notícia será atualizada caso haja alguma manifestação dos órgãos responsáveis.
Outro fato também que se deve destacar, foi a recomendação do Ministério Público Eleitoral (MPE) visando evitar promoção pessoal de políticos, sobretudo pré-candidatos à eleição deste ano. Ainda assim, nas redes sociais dos próprios políticos de vários partidos que estiveram no evento, foram realizadas postagens durante a folia, que só após uma análise técnica mais detalhada poderá se dizer se houve desrespeito ou não, ao documento expedido pelo MPE.
No mais, Surubim mostrou que sabe fazer um carnaval grandioso, que atrai muita gente de fora, a julgar pela quantidade de ônibus e vans estacionados na PE- 90, no começo do trajeto do desfile, sem contar as pessoas que vem para a festa em carros particulares.
Em 2025, o Desfile das Meninas Virgens completa 40 anos de existência. Que seja uma edição histórica!
Do Correio do Agreste