De acordo com o balanço, a receita total da empresa em 2023 foi de R$ 21,6 bilhões, o que representa uma redução de 1,83% na comparação com 2022.
O Ebitda (lucro antes do desconto de impostos, juros, depreciação e amortização), que havia sido negativo em R$ 220 milhões em 2022, ficou em R$ 140 milhões negativo no ano passado.
A estatal informou que as receitas no segmento internacional cresceram 23,2%, ajudando a equilibrar as contas e amortecendo a queda de cerca de 5% nas receitas com a entrega de encomendas e mensagens.
Entre os fatores que contribuíram para o resultado positivo no segmento internacional estão o crescimento do e-commerce estrangeiro no Brasil e a melhor eficiência nas entregas.
Além disso, as despesas totais dos Correios também tiveram redução, passando de R$ 22,8 bilhões, em 2022, para R$ 22,2 bilhões, em 2023. A queda foi de 2,52%.
Em comunicado, a estatal disse que dois fatores contribuíram para um prejuízo de cerca de R$1 bilhão: a evasão de postagens e clientes devido ao processo de privatização dos Correios, implementado no governo anterior, e a entrada em vigor do Programa Remessa Conforme. O programa, segundo a empresa, diminuiu o volume de importações.
Ao todo, a estatal investiu R$ 755,4 milhões em 2023, uma redução de 0,4% na comparação com o ano anterior. Entre os destaques está a renovação da frota, com a aquisição de mais de 3,1 mil veículos, 1,7 mil bicicletas com baú e outras 307 bicicletas elétricas.
Os Correios também informaram que forneceram aumento salarial e repuseram benefícios que haviam sido cortados aos funcionários. Segundo o relatório, o número total de empregados chegou a 85.882, o que indica uma redução de quase 2% na comparação com 2022.
A estatal anunciou, na última segunda, que os serviços postais passarão por reajuste de 4,39%. Os novos preços começam a valer a partir da próxima quarta-feira, dia 3 de abril.
Por Agência O Globo | Foto: Arquivo/Elza Fiuza/Agência Brasil