De acordo com a Fecomércio, o cartão de crédito representava 94,3% das dívidas, seguido por carnês (26,8%) e crédito pessoal (6,2%)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) fez um recorte local sobre a inadimplência a partir do levantamento feito pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de fevereiro de 2024, que foi conduzida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Os dados revelam que 81,9% das famílias pernambucanas estavam endividadas, 29,4% tinham contas atrasadas e 15% não podiam pagar suas dívidas.
Segundo o recorte, o cartão de crédito representava 94,3% das dívidas, seguido por carnês (26,8%) e crédito pessoal (6,2%). Além disso, o atraso médio no pagamento era de 59 dias, comprometendo 30,6% da renda.
“As famílias têm reportado um menor volume de dívidas atrasadas e a renda da mulher na participação do orçamento familiar é fundamental para isso, uma vez que, na maioria das vezes, elas são peças centrais nos lares brasileiros, acumulando múltiplas funções, como profissionais, autônomas, empreendedoras, mães e donas de casa”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O levantamento ressaltou as diferenças entre as famílias com renda de até 10 salários-mínimos e com renda superior a 10 salários-mínimos. Ao passo que 31,7% das famílias de menor renda relativa tinham dívidas em atraso, cerca de 5% das famílias mais abastadas estavam endividadas.
Segundo o economista da Fecomércio PE, Rafael Lima, os dados da PEIC mostram resultados promissores. “Observou-se o quarto mês consecutivo de redução na inadimplência, ao passo que o nível de endividamento permaneceu estável. Essa tendência sugere a retomada do consumo para os consumidores que estavam anteriormente limitados por conta da inadimplência”.
Da Folha de Pernambuco | Foto: Felipe Ribeiro/Arquivo Folha