De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19), o Estado registrou aumento do rendimento médio mensal da população. Em 2023, esse valor era de R$ 1.952 reais, superior ao obtido em 2022 que foi R$ 1.916 reais. O levantamento foi realizado considerando a total de 9.721 milhões de pessoas residentes em Pernambuco no ano passado.
Diante desse cenário, houve o aumento da massa de rendimento médio mensal per capita em Pernambuco, que totalizou R$ 10.692 milhôes em 2023, superando os R$ 9.983 milhões de 2022. Na série histórica, o maior valor foi alcançado em 2014 com R$ 12.086 milhôes. De acordo com o IBGE, esse aumento foi reflexo tanto do crescimento da população ocupada quanto do rendimento médio do trabalho.
Em contrapartida, foi registrada a redução da porcentagem em relação as pessoas com rendimentos obtidos por meio do trabalho em comparação ao ano anterior. Do total de pessoas residentes em Pernambuco em 2023, 66,1% possuíam algum tipo de rendimento, em 2022, essa parcela era de 66,7%.
Concentração de renda
Em relação ao índice de Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, houve a redução desse indicador, que passou de 0,482 em 2022 para 0,477 em 2023. Numericamente, esse índice varia de zero a um e quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição dos rendimentos e quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade.
Cenário nacional
No país em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram renda 14,4 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos. Essa diferença é a menor já registrada no Brasil.
O levantamento do IBGE também mostra que os 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram, em 2023, renda mensal média de R$ 7.580. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Os valores são os maiores registrados para cada faixa de renda.
Em 2023, o país alcançou a maior massa de rendimentos a cada segmento da população com R$ 398,3 bilhões, registrando um crescimento de 12,2% a mais que o de 2022, quando esse valor foi de R$ 355 bilhões.
No índice Gini, no ano passado, o Brasil ficou em 0,518, o mesmo levantado em 2022 e o menor já registrado pela série histórica iniciada em 2012. Isso representa que o Brasil se manteve estável em relação à desigualdade social.
Do Diario de Pernambuco | Foto: Arquivo Agência Brasil