Em maio, o levantamento Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Pernambuco, registrou um modesto avanço de 1%, dando indícios de melhora comparado ao nível do mês anterior, segundo a Fecomércio-PE
Os dados são um recorte feito pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), sobre a pesquisa nacional elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O estudo também aponta um crescimento de 4,3% no índice geral de consumo atual e, quando analisado por recorte de renda, observou-se entre as famílias que recebem até 10 salários um avanço de 4,9%. O levantamento mostra uma queda de 0,8% no índice geral sobre expectativas mais conservadoras em relação aos gastos futuros.
Empregos
Ainda segundo a Fecomércio, houve uma estabilidade na percepção atual do emprego, reforçando o sentimento pessimista em relação ao mercado de trabalho em Pernambuco. Já a avaliação da renda atual registrou um aumento de 2,1%, fortalecendo o poder de compra dos consumidores.
Crédito
Quanto ao crédito, a situação avança pelo segundo mês consecutivo para as famílias que recebem até 10 salários mínimos. Comparado ao mês passado, houve um avanço de 4,5%, o que se justifica pela maior facilidade de acesso ao crédito para a população.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, explica o impacto do aumento de crédito para as famílias de menor renda: “A melhora do crédito é percebida por todos os consumidores, mas as famílias com renda menor estão conseguindo se beneficiar mais das melhores condições de pagamento”.
Tadros indica que, como mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela Confederação, a inadimplência entre os mais pobres vem reduzindo, melhorando a reputação dos consumidores perante as instituições financeiras, facilitando a concessão de crédito.
“Apesar das expectativas conservadoras, a melhora no acesso ao crédito está beneficiando especialmente as famílias de menor renda, permitindo um aumento no consumo e na percepção de renda”, avalia Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE.
Da Folha de Pernambuco | Foto: Freepik