O Estado recebeu do Ministério da Saúde 480 mil doses da vacina, que será ministrada em gotas pela última vez. A partir do segundo semestre de 2024, as crianças receberão as doses em forma de injeção, seja em um dos braços ou em uma das pernas.
Caracterizada por um quadro grave de paralisia que acomete os membros inferiores de forma irreversível, a poliomielite está erradicada do Brasil há 35 anos, quando foi registrado o último caso, no município de Souza, na Paraíba.
Ministração da vacina
Os pequenos com menos de 1 ano deverão receber a vacina conforme o esquema primário, que inclui três doses da vacina inativada poliomielite (VIP). As outras crianças, de 1 a 4 anos, serão vacinadas com a forma oral (VOP), desde que já tenham completado o esquema primário com a VIP.
“O Ministério da Saúde estabelece que a cobertura deve ser acima de 95%. Vamos fazer de tudo para irmos além desses números em 2024, por isso, é importante manter a vigilância e continuar vacinando. Temos o compromisso de levar nossas crianças aos postos mais próximos das suas residências”, afirma a secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti.
Doença erradicada
O Brasil, junto aos demais países das Américas, possui o certificado de erradicação da transmissão autóctone (circulação dentro do território). Porém, diante da evolução do cenário de baixas coberturas vacinais, em 2023, foi classificado como de alto risco para reintrodução do vírus pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Risco para os pernambucanos
Pernambuco se configura como um Estado com risco de reintrodução da doença, visto que a cobertura vacinal ainda está abaixo do preconizado (a meta é imunizar 95% da população-alvo). Em 2023, a cobertura para poliomielite em crianças menores de 1 ano foi de 82,68%, representando uma leve elevação quando considerado os últimos três anos: 2020 (72,78%), 2021 (69,01%) e 2022 (76,25). Para continuar lendo, clique AQUI! (Foto: Walli Fontenele/ Folha de Pernambuco)