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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Psicóloga explica os indícios de um relacionamento abusivo

Após identificar os sinais, é necessário que a vítima busque ajuda de amigos, familiares e, em alguns casos, da polícia



O relacionamento abusivo nem sempre tem o seu início acompanhado pela agressão física. Geralmente ele começa com a violência psicológica, por meio de xingamentos e palavras que visam diminuir a pessoa. Em alguns casos, o ato abusivo permanece com o mesmo padrão, mas podendo evoluir para outros tipos de violência, a exemplo da patrimonial, sexual e moral. Por isso, como forma de chamar atenção ao tema que foi instituído por meio da Lei 2.585/2021, em Pernambuco, a Semana Estadual de Combate ao Relacionamento Abusivo, que ocorre no período de 25 a 31 de agosto.



É importante que todas as pessoas estejam atentas aos sinais de como pode ser uma relação abusiva. A psicóloga e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Cynthia Andressa, destaca alguns deles. “O controle que o parceiro ou a parceira deseja ter sobre a outra pessoa, a tentativa de afastamento do ciclo social para que a dominação aumente, palavras ofensivas que visam diminuir, a falta de respeito com a privacidade do outro, além da pessoa agir de forma passivo-agressiva, com ciúme excessivo e a chantagem, são alguns sinais que devem ser observados”, informa.



Após identificar os indícios que está vivenciando uma relação abusiva, é necessário que a pessoa que está sofrendo o abuso reflita sobre as possibilidades e atitudes a serem tomadas, como ir em busca da ajuda e apoio de pessoas de confiança, já em outros casos mais graves, para além do auxílio de amigos e familiares, a ajuda precisa ser da polícia.


 

“Não é fácil sair de um relacionamento abusivo sozinha. Converse com pessoas que passaram por situações semelhantes, o apoio de quem já viveu uma relação assim e superou pode ser o combustível para você se inspirar e agir. É importante, também, fazer psicoterapia, pois é um apoio fundamental para a vítima reagir e passar por essa transição de vida da melhor forma possível”, destaca Cynthia Andressa.



Já para quem acolhe uma pessoa que passa por esse tipo de situação, a psicóloga reforça que jamais a vítima deverá ser julgada. “Inicialmente é necessário acolher, mas jamais julgar ou pressionar. Outra situação que não deve ser colocada em prática se refere a não cobrar ou questionar sobre o término do relacionamento, pois isso poderá fazer com que a pessoa se afaste de você. Importante também começar pelo que é possível, questione a pessoa como pode ajudá-la, ofereça abrigo, tente tirá-la do isolamento. Para além disso, ajude a pessoa a se informar”, conclui a docente.


Da ASCOM

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