sábado, 23 de novembro de 2024

No 3º trimestre de 2024, Pernambuco tem a maior taxa de desocupação do país, 10,5%

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Estimada em 492 mil pessoas, a taxa de desocupação em Pernambuco no 3° trimestre de 2024 ficou em 10,5%, redução de 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2023, o que representa -99 mil pessoas desocupadas no estado. A variação com relação ao trimestre anterior foi -7,2%. 


Com a maior taxa de desocupação do país, Pernambuco figura bem acima da média nacional 6,4% e do Nordeste 9,7%. Esta é a menor taxa de desocupação de Pernambuco desde o 4º trimestre de 2015, quando a desocupação havia ficado em 11,1%.

 

A população ocupada estimada em 3.882.000 pessoas, aumentou em 235 mil pessoas, 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao trimestre anterior a variação foi 2,9%.


No 3° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 25,9%. 


Desalento cai 2,5% em relação ao trimestre anterior


Já o percentual de desalentados (aquelas pessoas que estavam fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: acreditar que não conseguiria trabalho, não ter experiência, ser muito jovem ou idosa para trabalhar, ou acreditar que não havia trabalho na sua localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga) sofreu redução de 2,5% no 3o trimestre de 2024.


Número de empregados crescem, influenciado pelo aumento dos trabalhadores sem carteira assinada


O total de empregados com carteira assinada no setor privado foi estimado em 1.123.000 pessoas e não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.


Já o número de empregados sem carteira assinada foi estimado em 743 mil pessoas, um aumento de 182 mil pessoas, 32,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, em relação ao trimestre anterior, a variação foi 12,7%. 


Informalidade atinge a 50% da população ocupada em Pernambuco


A taxa de informalidade das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência para Pernambuco foi de 50,0%. Não houve variação significativa em relação ao trimestre anterior. Esse percentual é o terceiro menor do Nordeste, atrás apenas de Alagoas e Rio Grande do Norte e bem acima da média nacional de 38,8%.


Rendimento médio cresce 1,1% no estado


Frente ao trimestre anterior, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.312,00 reais, variação de 1,1%, o equivalente a um aumento de R$ 24,00 reais. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior a variação foi de 6,5%. 


Este resultado é o quinto maior da região Nordeste, atrás de Rio Grande do Norte (R$ 2.579,00), Paraíba (R$ 2.392,00), Piauí (R$ 2.368,00) e Sergipe (R$ 2.344,00) e superior à média nordestina de R$ 2.216,00 reais.

 

O que diz a gestão estadual

 

A Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo (Sedepe) destacou que o resultado da pesquisa conclui que Pernambuco apresentou a taxa de desocupação mais baixa dos últimos nove anos. 


“Estamos entre os sete estados do Brasil que diminuíram a taxa de desemprego neste terceiro trimestre de 2024, e somos o terceiro Estado do país que mais reduziu essa taxa no último ano. Vamos continuar nos empenhando para que as pessoas tenham, cada vez mais, oportunidades no mercado de trabalho e no empreendedorismo”, disse Amanda, a Secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco.  


A Sedepe ainda acrescentou que entre o segundo e o terceiro trimestres de 2024, o aumento foi de 108 mil pernambucanos ocupados. Assim, o Estado totaliza 3 milhões e 882 mil cidadãos com trabalho formal ou informal, sendo o maior número para o estado já registrado pela pesquisa.

 

Sobre a PNAD Contínua 

 

A PNAD continua trimestral visa acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.

 

Para atender a tais objetivos, a pesquisa foi planejada para produzir indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes (como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação etc.), investigados em um trimestre específico ou aplicados em uma parte da amostra a cada trimestre e acumulados para gerar resultados anuais, sendo produzidos, também, com periodicidade variável, indicadores sobre outros temas suplementares.


Do Diario de Pernambuco