Tempo de celebrar as conquistas do ano que passou, o mês de dezembro é repleto de confraternizações corporativas, festas e de reuniões em família. O mês é responsável por aquecer diversos setores da economia, principalmente o de alimentação fora do lar. De acordo com levantamento da Abrasel-PE (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 81% dos empresários do setor de bares e restaurantes esperam aumentar as vendas nesse período. Foto: Priscilla Melo/DP Foto
Os dados foram revelados por uma pesquisa da Abrasel realizada entre os dias 21 e 28 de outubro, e mostram que, mesmo diante dos desafios enfrentados ao longo do ano, o setor tem demonstrado uma expectativa positiva para este final de ano.
O presidente da Abrasel em Pernambuco, Tony Sousa, explica que de acordo com os aspectos analisados na reta final do ano o cenário é positivo para a economia. “O setor de alimentação fora do lar vem experimentando uma retomada que foi lenta e gradual, porém, no final de ano, sempre criamos uma perspectiva observando o que tem acontecido nos últimos meses e como está principalmente o ânimo dos clientes, o poder de compra deles e como está a procura para as confraternizações e elas já começam em outubro”, destaca Tony.
A pesquisa também indica que além de se prepararem para uma movimentação maior nas vendas, 39% dos empresários planejam contratar mais funcionários para atender a demanda mais alta. Já outros 52% desejam manter o quadro atual, enquanto apenas 9% têm a intenção de demitir.
Esse incremento de vendas de dezembro é um momento oportuno também para quem deseja ingressar no mercado de trabalho, aponta Tony Sousa. “Essa mão de obra, que inicialmente é temporária, tem a oportunidade muitas vezes de demonstrar um interesse, de demonstrar um bom trabalho e termina tendo uma oportunidade de criar uma jornada de profissionalização”. reforça o presidente da Abrasel.
Empresários se preparam para crescimento nas demandas
Procurada pelo público que busca comodidade e um cardápio mais personalizado, no momento da sua confraternização, a chefe Paloma Honório, de 44 anos, que trabalha com buffet para eventos e também com foco nos eventos corporativos, há cerca de seis meses.
De acordo com Paloma, muitas empresas estão optando por confraternizações em ambientes diferentes de restaurantes e escolhem espaços alugados ou a própria empresa para isso. Entre as opções preferidas pelos clientes dela estão a feijoada, que conta com entradinhas antes do almoço e opções de bolos, doces e café, logo após o prato principal. O serviço fica no valor de R$ 95 por pessoa em média. “Por incrível que pareça, agora em dezembro, que é o meu primeiro ano, estou tendo mais festas fechadas para janeiro. Muitas empresas também têm essa preferência por causa da correria no final do ano. Fechei oito feijoadas para Janeiro, já para o mês de dezembro foram quatro”, conta Paloma.
Ela trabalha com a ajuda de mais três pessoas e o ambiente de produção, que até o momento era na sua casa, está em fase de mudança para um ateliê também localizado no bairro de Piedade, Zona Sul do Recife. “Um dos maiores motivos para eu ter começado com o buffet foi quando eu percebi que uma das maiores dificuldades que as pessoas tinham era de achar um buffet com um serviço personalizado e específico para o ambiente corporativo”, afirma Paloma.
Já o restaurante Catamaran, localizado na Avenida Cais de Santa Rita, no bairro de São José, área central do Recife, está oferecendo música ao vivo durante todos os dias da semana no mês de dezembro, inclusive nas segundas-feiras. O estabelecimento, que também conta com passeios de Catamaran, está atendendo dezenas de confraternizações diariamente, inclusive já conseguiu esgotar as reservas para as próximas sextas-feiras do mês.
Juliana Britto, diretora da Catamaran Tours e Restaurante Catamaran, aponta que a demanda no estabelecimento dobra durante o mês de dezembro. “Temos um aumento de 80% na demanda. Como aqui é muito grande, temos espaço para comportar mais gente. Nós trabalhamos com reserva de mesa e em alguns dias chegamos a ter de 15 a 20 grupos diferentes”, disse Juliana sobre o movimento de confraternizações no restaurante.
Do Diario de Pernambuco