Dados da Federação Federação Brasileira de Bancos, porém, mostram que o uso de cheques por brasileiros caiu 18% em 2024. Desde 1995, a queda é de 95% no uso de cheques
O uso de cheques no Brasil, embora esteja em queda, sobrevive principalmente para pagamentos de valores acima de R$ 3 mil. Um levantamento feito pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontou que o tíquete médio da compensação em cheque foi de R$ 3.800,87 em 2024, ante R$ 3.617,60 de 2023.
Esse cálculo foi feito com base nos 138 milhões de cheques utilizados por brasileiros no ano passado, de acordo com o Serviço de Compensação de Cheques (Compe). Para Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, os cheques ainda são usados no Brasil para pagar caução para uma compra, por exemplo.
"Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento”, analisa Faria.
Histórico de cheques compensados:
Queda crescente
Mesmo com o aumento no valor médio de compensação de cheques no ano passado, a opção por este meio de pagamento segue em queda frequente. Segundo a Febraban, o uso de cheques por brasileiros caiu 18% em 2024. Essa queda vai para 96%, se a comparação for desde 1995 — ano que registrou a compensação de 3,3 bilhões de cheques.
A explicação para a crescente diminuição no uso de cheques perpassa pelos avanços tecnológicos para realizar pagamentos. O Pix, criado em 2020 pelo Banco Central, bateu recorde e registrou mais de 250 milhões de transações em um único dia no ano passado.
À época que foi publicado esse balanço, o Banco Central ressaltou a "importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”. Confira as informações no Correio Braziliense.