A crise hídrica em Pernambuco continua a se agravar, especialmente no Agreste, onde a Barragem de Jucazinho enfrenta um colapso alarmante. Atualmente, o reservatório opera com apenas 4,85% de sua capacidade, armazenando 9.930.138 m³ de água, conforme dados de leitura da última terça-feira, 18 de fevereiro, do Painel de Volumes Acumulados nos Reservatórios Monitorados pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).Foto: Divulgação
Essa situação crítica impacta diretamente o abastecimento de diversos municípios, intensificando o rodízio de água e evidenciando a falta de sistemas de esgotamento sanitário adequados.
Para amenizar os efeitos da escassez, o governo estadual desenvolve o programa Águas de Pernambuco, que busca garantir o abastecimento por meio de obras estruturantes. Entre as principais iniciativas, está a distribuição de água do Rio São Francisco para cidades do Agreste. Segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, a chegada dessa água já beneficiou municípios ao longo da BR-232 e alcançou recentemente Caruaru. "Nossa expectativa é que, até junho, a água chegue a Gravatá, passando por Bezerros. Até o final do próximo ano, estimamos beneficiar 23 municípios", afirmou o secretário.
Outra ação essencial é a conclusão da obra que levará água da Barragem de Serro Azul, na Mata Sul, para reforçar o abastecimento no Agreste Setentrional, ainda fortemente dependente de Jucazinho.
O programa Águas de Pernambuco conta com um investimento superior a R$ 6 bilhões, e o Senado deve aprovar a liberação de R$ 600 milhões para expandir o abastecimento em áreas rurais. Além disso, está prevista a instalação de 600 poços artesianos para atender comunidades.
Fonte: Incluindo informações da Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco