A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), por meio do Instituto Fecomércio-PE e em parceria com o Sebrae/PE, divulgou os resultados da “Sondagem de Opinião da Páscoa 2025”. A Sondagem apontou que 54,6% dos consumidores entrevistados demonstraram intenção de realizar compras para a celebração do período. No critério etário, a faixa de 18 a 29 anos mostrou a maior pretensão de compra (57,1%), enquanto consumidores com 50 anos ou mais revelaram menor percentual de indecisão (20,4%).
Quanto ao momento das compras, 57% dos consumidores optam por adquirir os produtos na mesma semana da Páscoa, especialmente aqueles na faixa etária de 30 a 49 anos e com renda entre 1 e 2 salários-mínimos. Alternativamente, 22,8% dos consumidores preferem realizar as compras até duas semanas antes, com maior incidência entre mulheres e pessoas com renda superior a 5 salários-mínimos.
Entre os canais de informação, a visita às lojas foi a opção de 46,2% dos entrevistados, seguida pelas indicações de amigos e familiares (17,1%) e pelos anúncios em redes sociais (16,6%), sendo este último mais relevante para o público jovem. No que se refere aos fatores de decisão, o preço foi o principal critério para 61% dos consumidores, seguido pela qualidade do produto (57,7%) e pelas promoções e descontos (52%).
Produtos como ovos de chocolate (62,1%), bombons e outros chocolates (49,4%) destacam-se na intenção de compra.
Os supermercados também foram apontados por 65,1% dos entrevistados como o local preferido para a aquisição dos produtos, enquanto 35,8% buscarão lojas especializadas para chocolates.
O valor médio estimado dos gastos foi de R$260, com variações de acordo com a faixa etária e o nível de renda. A comparação com o ano anterior indica que 43,9% dos consumidores preveem um acréscimo nos dispêndios, observando-se maiores índices entre faixas etárias e rendas intermediárias.
Quanto às formas de pagamento, a opção por transações à vista predomina. Entre os métodos, o PIX foi escolhido por 39% dos entrevistados, seguido do pagamento em dinheiro (22,8%) e do débito em conta (17,5%). O cartão de crédito, utilizado por 43,4% dos consumidores, apresenta uma tendência ao parcelamento, com 56,1% dos usuários optando por essa modalidade.
Perspectiva dos empresários e gestores - No segmento varejista, 77% dos empresários e gestores preveem aumento nas vendas em relação ao ano anterior, com percentual superior entre estabelecimentos situados em shoppings (84,1%) em comparação ao comércio tradicional (70%). Nos serviços de alimentação, 54,8% manifestaram expectativas positivas, com 63,6% dos estabelecimentos em shoppings adotando a mesma perspectiva.
Os fundamentos apontados para o desempenho positivo incluem a oferta de descontos e promoções (57,8%), a percepção de um mercado de trabalho aquecido (55%) e a implementação de estratégias específicas para a Páscoa (51,6%). Adicionalmente, 39,6% dos entrevistados do varejo demonstraram intenção de contratar colaboradores temporários para atender à demanda, sendo a média de contratação de 6 colaboradores em estabelecimentos de shoppings e 5 no comércio tradicional. Nos serviços de alimentação, a intenção de contratação é menor, com média de 3 a 4 colaboradores temporários.
As estratégias para impulsionar as vendas contemplam o engajamento nas redes sociais (54,3% no varejo e 58,8% nos serviços de alimentação), a decoração temática e a realização de promoções “relâmpago”. Incentivos aos colaboradores também foram mencionados como medida para estimular a equipe e otimizar os resultados do período.
O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto, explicou que existe um cenário otimista moderado com o aumento das vendas. “Os dados apresentados ajudam na tomada de decisão por parte de comerciantes e prestadores de serviços, em um período tão importante, que mantém a relevância histórica e cultural da Páscoa em Pernambuco”.
De acordo com o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, a Páscoa de 2025 em Pernambuco se mantém alinhado com as tendências históricas. “Há uma acentuada sensibilidade aos preços por conta da aceleração inflacionária nos produtos típicos e uma preferência por promoções que acompanham a valorização da qualidade. A análise dos indicadores de intenção de compra e dos mecanismos de pagamento mostra a evolução dos hábitos dos consumidores pela preferência em não comprometer rendas futuras, enquanto as projeções dos empresários apontam para um ajuste no desempenho do setor”.